Dados e pensamentos sobre a pesquisa 2024 da Running USA

Saiu a pesquisa anual da Running USA, a 2024 Global Runner Survey, com dados inédito – atualizados -do comportamento e motivações dos corredores estadunidenses.
A pesquisa está disponível para download no site oficial da Running USA e também foi apresentada na última reunião do conselho da MPW, Mass Participation World, por Jay Holder, CEO da entidade.
Selecionamos alguns dos tópicos mais relevantes da pesquisa para, além de compartilharmos por aqui, também comparar com a visão brasileira do universo das corridas.
Aqui seguem alguns insights.
Dados demográficos da Running USA
Foram 7,4 mil respostas coletadas entre atletas amadores americanos de todo país. dentre os respondentes, 56% foram mulheres – o que reforça preponderância do público feminino no esporte, fator que deve se repetir no Brasil novamente em 2024.
Como informamos, houve uma inversão na proporção de gênero entre os participantes entre 2020 e 2023, com as mulheres chegando a 45% no total de inscritos nos eventos. Nesse ano, devem passar os 50% por aqui.
Além do gênero, outro dado demográfico foi perguntado: sobre a cor dos atletas. 74% dos corredores norte-americanos se auto-declaram brancos.
Contudo, aqui no Brasil raramente os questionários de eventos têm essa pergunta, então, fica uma lacuna de dados importante.
Como bem disse o Jay Holder, “sem dados não conseguimos trazer o assunto para discussão” e, enfim, criar políticas de inclusão.

Razões e emoções dos “Runners”
A pesquisa engloba também aspectos comportamentais da relação com as provas. O estudo se assemelha ao que vemos no Brasil – e no mundo todo.
Um exemplo é a pergunta sobre motivos para correr; os clássicos ocupam as 3 primeiras posições:
- Saúde Física (Health)
- Curtição (Enjoy)
- Saúde Mental (Stress Relief)
Com isso, os motivos somados alcançam mais de 50% das respostas. Ainda chama atenção como cresceu de importância na agenda humana a saúde mental. Perdemos preconceitos e começamos a usar o esporte como ferramenta. Bom sinal – que vem pra ficar.
Não à toa, 60% de quem respondeu a pesquisa afirmam que querem aumentar o número de corridas feitas no ano. É nossa Era, mesmo.
Por fim, no aspecto menos emotivo, faço também um recorte sobre itens do kit preferidos dos norte-americanos (que, em geral, são menos ligados aos kits e mais às experiências). Em ordem de preferência:
- Camiseta (T-shirt)
- Boné (Hat)
- Meias (Socks)
Lá como cá.
Brasil, o país dos criadores
Uma diferença cultural mais profunda é a baixa relevância que os americans vêem na presença das provas de forma proeminente em redes sociais.
Em uma escala de mais para menos importância, apenas 5% das pessoas acham isso estritamente relevante, vide gráfico tirado da pesquisa.

Apesar de diversas semelhanças de comportamento – até pela tribo esportiva ter conexão com as raízes humanas – essa parte é bem divergente.
Brasileiros usam os eventos como plataformas de produção de conteúdo pessoal. Somos o país dos influencers, dos criadores digitais. Por aqui, a presença forte em redes sociais é mandatória, tão importante quanto a experiência em sí para o sucesso de público.
Em tempo: isso não é bom, nem ruim. Temos que trabalhar com nosso cenário e ponto.
Você encontra a pesquisa completa neste link: https://www.runningusa.org/product/2024-global-runner-survey/ – por 299 dólares. Tem bastante insight – vamos passando por aqui sazonalmente com eles.
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