Como funciona a tecnologia nos sistemas de cronometragem?

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A cada ano a tecnologia está mais presente no esporte, nos sistemas de cronometragem de precisão, principalmente, sempre surge algo inovador para garantir resultados precisos, de uma forma mais rápida. Hoje em dia, a cronometragem usada nos Jogos Olímpicos é tida como padrão quando se fala em algo “de última geração”.

No Rio 2016, a maior novidade na cronometragem foi a câmera de photofinisher. O dispositivo é conhecido por captar a imagem de cada corredor assim que a linha de chegada é cruzada. A nova versão captura imagens de melhor qualidade, sendo capaz de registrar 10 mil fotos digitais em linha vertical por segundo, diminuindo assim às margens de dúvidas sobre os resultados.

Agora também foram usadas quatro fotocélulas. O aparelho, que antes tinha apenas duas, passou a emitir feixes de luz ao longo da linha de chegada que param o tempo assim que o competidor cruza, desta forma, detectando mais padrões corporais dos atletas e dando ainda mais precisão.

O atletismo é uma das modalidades que mais se beneficia com essas inovações tecnológicas, hoje, até os blocos de partida são aprimorados com frequência. Eles possuem sensores que medem 4 mil vezes por segundo a força do atleta no suporte dos pés. Esses dados servem para apontar quando o competidor queima a largada, por exemplo.

Todos esses sistemas evoluem de forma cada vez mais rápida. Em Pequim 2008, a cronometragem já era bastante moderna e tornou a chegada da final dos 100 metros borboleta masculino, um caso famoso. Quando o sérvio Milorad Cavic pareceu ter tocado a borda antes do americano Michael Phelps, declarado vitorioso com 50.58 contra 50.59, conquistando a sétima medalha de ouro. Por uma fração de tempo e a olho nu, para o público o vencedor tinha sido Cavic. Para a surpresa geral, a vitória foi dada ao segundo, por um centésimo de segundo, a menor diferença possível de ser calculada.

O problema só foi resolvido com o uso da tecnologia mais avançada que se tinha no momento. O juiz foi obrigado a ver a câmera especial, no alto de cada raia, capaz de fotografar 100 imagens por segundo. Os registros visual e eletrônico confirmaram a medalha de ouro para Michael Phelps.

Esse sistema usado em 2008, para os dias de hoje já é considerado “ultrapassado”. Uma vez que agora os aparelhos são capazes de bater até 10 mil fotos por segundo, algo surreal ao olho humano. Hoje, a reprodução da imagem transforma cada respiração, cada movimento do atleta num pixel, um instante digital. Assim, a distância entre os concorrentes pode ser comparada com este novo valor de medida, o pixel, além das frações de segundos já utilizadas.

Até mesmo o sinal sonoro para a largada no atletismo passou por modernizações. Em 2010, nos Jogos de Inverno de Vancouver a pistola eletrônica foi usada pela primeira vez. Ao ser acionada, ela dispara um som, um flash de luz e cronômetro. Cada bloco de partida possui um alto-falante que reproduz o som da pistola no exato momento dos disparos. Anulando assim, o tempo de reação diferente dos atletas, já que o som chega a todos na mesma hora.

Corridas de rua

Atualmente nas corridas de rua a cronometragem é feita através de um chip preso no cadarço do tênis dos corredores. O sistema detecta o momento exato em que o atleta passa sobre os tapetes de controle, posicionados na área de largada, chegada ou em pontos estratégicos do percurso. Ele emite relatórios instantâneos com os resultados e traz mais credibilidade ao esporte.

É claro que a tecnologia utilizada nas Olimpíadas é mais avançada, mas seu custo também é bem mais alto. O que não significa que daqui a alguns anos serão usados também nas provas de rua, pois conforme os sistemas de cronometragem evoluem, tudo fica mais acessível.

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