RP é chave para aumentar Patrocínios
Há poucos organizadores investindo em RP, na visibilidade de mídia, na relação com influenciadores ou na construção de autoridade.
(RP é, no final das contas, sobre construção de autoridade. É a fórmula para gerar confiança – vou explicar).
O resultado da visibilidade de mídia é muito mais poder para atrair investimentos de marcas, objetivamente, patrocínios. Mas por que isso acontece?
- Os meios de comunicação moldam a sociedade.
- As marcas são lideradas por gente com agendas próprias de carreira, na maioria das vezes pessoal, escondida.
Ou seja, a aceitação de projetos em organizações têm a ver com interesses de pessoas “normais”. Seu produto não é um evento, é uma história pra contar na vida de quem fará parte, na história da carreira, nos projetos que compõem um currículo.
Vamos explorar mais esse fato.
As agendas secretas das pessoas (nas empresas e na vida)
Os líderes querem resultados para crescerem na carreira. Os decisores querem visibilidade dentro das organizações. “Olha só como o que eu faço é mais legal”. Todos eles precisam de chancelas.
A imprensa, mesmo que em seu pior momento na história, sustenta decisões de investimento porque confere autoridade à projetos – e deixa a decisão muito mais segura.
Fazer besteira tira o prumo da carreira (em locais sérios).
E mais, todo mundo quer ser visto. No mercado publicitário, todo mundo quer ter um Linkedin recheado, histórias para contar, conquistas para dividir.
A mídia transforma projetos em Cases. Patrocínios, em Ativações. Ajudam a contar histórias que sustentam crescimento de carreira: “não sou eu que estou falando, é o mundo”.
E o RP é a máquina geradora de mídia estimulada.
[ No caso do esporte, temos ainda outra agenda escondida: a pessoal. Esta, que faz o decisor da verba de marketing escolher seu evento porque ele corre, nada ou pedala por lá. Os amigos dele fazem seu evento. É parte do próprio lifestyle.
Essa você explora com mídia, sim, mas, principalmente, conhecendo cada um que vai ao seu evento e deixando oportunidades abertas. ]
Agenda setting: como a imprensa molda os parâmetros de escolha
Uma das melhores lições na faculdade de comunicação, foi um termo americano de sociologia chamado Agenda Setting. Na época, a aula era ministrada pelo agora famoso Clóvis de Barros Filho, um tremendo filósofo brazuca. Privilégio.
Agenda Setting é uma teoria da comunicação que sugere como os meios de comunicação influenciam a percepção do público sobre quais tópicos são importantes. Através da seleção e ênfase em certas notícias, os meios moldam quais assuntos o público considera relevantes, impactando assim a agenda pública sem refletir necessariamente a real importância desses tópicos.
Atualmente, este conceito ficou um pouco desgastado, pulverizado – e ainda temos que lidar com as fake news, deep fakes.
Mas ainda funciona: o que sai no jornal é o que pauta a sociedade. Se você é ignorado pela mídia, basicamente, você não existe no coletivo.
As ferramentas de relações públicas são uma maneira de tentar controlar minimamente a construção da história do seu evento. E assim, sendo “de verdade”, o patrocínio chega.
É um trabalho de consistência. De repente, o resultado vem!
Tudo isso é RP
Assessoria de Imprensa é uma arma interessante para os eventos. Demanda tempo e construção e mais, dedicação por parte dos dois lados. Se não deu certo para você é porque durou pouco tempo.
Mas há outros meios de promover autoridade. Desde seu LinkedIn Pessoal (ferramenta drasticamente ignorada pelo nosso setor) até artigos pessoais e geração de conteúdo diversa funcionam para criar autoridade.
Não basta seu evento ser incrível para conseguir verbas de patrocínio.
Ele tem que parecer incrível para o mundo. Para os VPs de marca, para os CMOs de empresas. É a carreira das pessoas que está sempre em jogo.
É um jogo de mostrar resultados, no qual, os resultados contam, mas o mostrar conta mais.